A partir do fenômenos da
percepção, a Gestalt procura explicar como chegamos a compreender aquilo que percebemos.
Se os elementos percebidos não apresentam equilíbrio, simetria, estabilidade,
simplicidade e regularidade, não será possível alcançar a boa-forma.
O elemento que objetivamos
compreender deve ser apresentado em seus aspectos básicos, de tal maneira que a
tendência à boa-forma conduza ao entendimento. Essa formulação representa uma
das conseqüências pedagógicas da psicologia da Gestalt.
O exemplo da figura abaixo ilustra
a noção de boa-forma. Temos a convicção de que o segmento de reta a é maior que
o segmento de reta b, mas a realidade é que ambos têm o mesmo comprimento, e
portanto estamos diante de uma ilusão de ótica provocada por um efeito de
campo.
Para tirar qualquer dúvida você
pode medir as retas ou desenhar inicialmente duas retas paralelas com o mesmo comprimento
e posteriormente acrescentar os demais traços que constituem a figura. Faça o
teste!
A maneira como estão distribuídos
os elementos que compõem as duas figuras não resultam em uma configuração com equilíbrio,
simetria, estabilidade, regularidade e simplicidade suficientes para garantir a
boa-forma. Ou seja, nesse caso as leis que comandam o funcionamento da percepção
nos impedem de perceber a realidade tal qual ela é. Em outros casos, mais favoráveis,
são essas mesmas leis perceptivas que nos permitem compreender a realidade. A tendência
da percepção em buscar a boa-forma permitirá a relação figura-fundo. Quanto
mais clara estiver a forma (boa-forma), mais clara será a separação entre
figura e fundo. Quando isso não ocorre, torna-se difícil
distinguir o que é figura e o que é fundo.
Seriam duas taças? Seriam dois rostos de perfil? |
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