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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Matrix e a Teoria da boa forma.



A obra cinematográfica Matrix (1999), um conto de fadas moderno, cujo formato e multiplicidade de origens permitem interpretações psicológicas, filosóficas e científicas, aborda a existência de duas realidades: uma que consiste no nosso cotidiano, a outra, no que está por trás disso, uma realidade paralela, virtual, alimentada pelo cotidiano, chamada de "Matrix".
Fazendo uma associação a Teoria da Gestalt, que afirma que não se pode ter conhecimento do todo através das partes, e sim das partes através do todo e que os conjuntos possuem leis próprias e estas regem seus elementos e que só através da percepção da totalidade é que o cérebro pode de fato perceber, decodificar e assimilar uma imagem ou um conceito, nota-se que a aquisição conhecimento dessa nova realidade fora do senso comum expande seus conhecimentos para uma nova percepção sobre o mundo que o cerca.


Através do personagem principal, Neo, um hacker , um rebelde Que descobre que a realidade virtual guarda mais mistérios do que se possa imaginar. A história transcorre sobre a busca da verdade sobre a Matrix, algo que ele ouviu através de sussurros , algo misterioso e desconhecido. Um universo paralelo/virtual, através dele, conseguem controlar tudo. Inclusive a percepção humana da realidade, manipulando a forma com que as coisas são vistas, apresentado a ele por Morpheu e Trinity, que acreditam que Neo seja o escolhido.






A partir daí, Neo “conhece” a Matrix e o significado da luta do grupo de Morpheus. Torna-se membro da resistência humana, atuando na Matrix a partir de sua base submarina, o Nabucodonosor. Passa pelo processo de escolha entre o despertar para a Matrix (pílula vermelha) ou continuar em sua vida cotidiana, em sua realidade alienada(pílula azul).Desde a escolha da pílula vermelha, a trama do filme dos Irmãos Wachowski se desenrola em fases delimitadas: o (re)nascimento de Neo, o descobrimento da Verdade, seu treinamento, a ida ao Oráculo; a traição e armadilha de Cypher, a captura de Morpheus, seu resgate por Neo e Trinity, o duelo no Metrô entre Neo e o agente Smith; a fuga de Neo, sua morte e ressurreição e a afirmação de Neo como o Escolhido, aquele que irá redimir a humanidade da dominação das Máquinas, libertando-os da Matrix.



A ideia central do filme reside na importância do pensar. É por meio deste que conseguimos transpor a barreira do senso comum e da ideologia, que nos aprisiona numa percepção restrita de uma realidade baseada em falsos conceitos da verdade. O filme não faz apologia ao pensamento critico, ele mostra os dois lados, o critico e o alienado. O filme parte do principio de que a humanidade considera realidade não passa de uma ilusão, e os sentidos não conseguem desvendar a verdade por trás da realidade fantasiosa. Para além da vivência ilusória, os humanos estariam hibernando em casulos criados por máquinas, alheios à sua condição de profundo coma. E é essa hibernação que permite que as máquinas produzam “energia” para alimentar o grande programa de ilusão: a Matrix. Somos levados, então, a uma visão da humanidade como um coletivo passivo e prisioneiro de ilusões profundas que o alienam e o distanciam da verdade sobre as coisas. A raça humana nos é apresentada, portanto, como paralisada e cega por um programa gerador de um mundo-simulação.Fazendo uma associação a Teoria da Gestalt, que afirma que não se pode ter conhecimento do todo através das partes, e sim das partes através do todo e que os conjuntos possuem leis próprias e estas regem seus elementos e que só através da percepção da totalidade é que o cérebro pode de fato perceber, decodificar e assimilar uma imagem ou um conceito, nota-se que a aquisição conhecimento dessa nova realidade fora do senso comum expande seus conhecimentos para uma nova percepção sobre o mundo que o cerca.




A descoberta da Matrix, da realidade paralela, passa a ser o conhecimento do todo, e a realizadade cotidiana que o hacker conhecia se torna apenas parte dela.

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