Freud acreditava que a personalidade é moldada pelas primeiras
experiências, quando as crianças passam por um conjunto sequencial de fases psicossexuais. Tal termo deriva da ideia
de que a libido, que é claramente uma energia
sexual, é localizada em regiões corporais diferentes, conforme o desenvolvimento psicológico progride.
São três as áreas corporais que Freud chamou de zonas erógenas – boca, ânus e genitais. Em cada faze de
desenvolvimento uma zona é especificamente influente. As pessoas derivam o
prazer predominantemente daquela zona e buscam objetos ou atividades
correspondentes. Ao mesmo tempo surgem conflitos, se as criançs são mimadas ou
carentes, e frustradas indevidamente em qualquer estágio, então, não podem
resolver conflitos. Consequentemente, seu desenvolvimento é detido e a libido é
fixada naquele estágio.
A fixação refere-se a deixar uma parte da libido permanentemente
investida em um nível de desenvolvimento específico.
De acordo com Freud, as crianças passam por quatro fases psicossexuais –
sendo estas oral, anal, fálica e genital,
além de um período de latência.
- Fase Oral: o desejo está situado na boca, na deglutição dos alimentos e no seio da mãe, durante a amamentação. (Durante o primeiro ano de vida, os bebês derivam o prazer basicamente da boca).
- Fase Anal: o prazer vem da excreção das fezes, das brincadeiras envolvendo massas, tintas, barro, tudo que provoque sujeira. (Durante o segundo e terceiro anos de vida, o prazer é obtido basicamente da região anal).
- Fase Fálica: o desejo e o prazer se direcionam para os órgãos genitais, bem como para pontos do corpo que excitam esta parte do organismo. (Freud acreditava que essa fase ocorria entre 3 e 5 anos, quando as crianças descobrem que os genitais fornecem prazer). Nesse momento, os meninos elegem a mãe como objeto de seu desejo – constituindo o Complexo de Édipo Masculino, relação incestuosa que gera também uma rivalidade com o pai - enquanto para as garotas o pai se torna o alvo do desejo – constituindo o Complexo de Édipo Feminino.
- Período de Latência: Segundo Freud é quando a fase fálica termina, por volta dos 5 anos, a personalidade está essencialmente formada. Aproximadamente nos 6 anos subsequentes, as necessidades sexuais ficam dormentes. Não aparecem conflitos ou mudanças importantes.
- Fase Genital: Ocorre quando os interesses sexuais são despertados novamente, isso ocorre no início da puberdade. Essa fase se estende por toda a adolescência e a fase adulta, as pessoas orientam-se para os outros e formam relacionamentos sexuais satisfatórios. Freud via um vínculo heterossexual maduro como a marca da maturidade.
A
passagem a seguir do “Filme Freud Além da Alma” reflete que durante um sonho, Freud
descobriu seu complexo de Édipo e assim passou a fazer sua auto-análise.
Freud continua tratando da paciente Cecily, antes paciente de Breuer. Abolindo o método hipnótico por opção da própria paciente, Freud a leva a muitas lembranças através da livre associação, em estado plenamente consciente. Cecily fala de seus sonhos e fatos da sua vida, e Freud desvendando, certifica-se que pode chegar ao inconsciente mesmo com o paciente em estado consciente.
Mais tarde Freud lembra que havia escrito uma vez: "...o falso é às vezes a verdade de cabeça para baixo". Descobre que no universo da fantasia pode estar a realidade. Quando a jovem Cecily dizia que o pai a molestou, na verdade ela queria possuir seu próprio pai. Uma fantasia transportada para a fase adulta, que não sendo trabalhada, tornou-se um recalque. Freud muda sua teoria, chegando a conclusão que a criança também tem seus instintos sexuais desde quando nasce, suprindo suas necessidades alimentares com o leite materno e satisfação de sua sexualidade em sugar o seio da "mãe". Sua mãe ou quem cumpre essa função, é o seu primeiro objeto de desejo.
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